Por Ofertas de Emprego em Aconselhamento 22-05-2015
O Bullying são atos de violência física ou psicológica intencionais e repetitivos, e também podem acontecer no seu local de trabalho.
Face à conjuntura atual, são muitos os patrões ou chefias que utilizam este tipo de trato para que os trabalhadores peçam a sua demissão. A fuga ao pagamento de indemnizações ou a substituição do trabalhador por questões pessoais, são motivos suficientes para alguém ousar utilizar ações menos próprias para se livrar de um colaborador.
Nestes casos os trabalhadores estão desprotegidos, é muito difícil que alguém apresente queixa e quando o faz não tem a seu favor testemunhas que arrisquem perder o seu emprego pela sua causa.
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Está a ser alvo de bullying? Não sabe o que pode fazer?
Existem indicadores que permitem identificar que está a ser alvo de bullying, seja dentro ou fora do local de trabalho. Mesmo que você se sinta calmo em relação ao tratamento de que está a ser alvo, tente reduzir ao máximo os encontros pessoais que de alguma maneira o deixam incomodado à frente de outros colegas ou em reuniões da empresa.
Nunca fique sozinho, fale com outros colegas normalmente, tente ignorar as palavras menos cordiais e faça o seu trabalho o melhor que pode.
O abuso psicológico é muito recorrente no trabalho, e centenas de pessoas por dia são alvos de ataques psicológicos devastadores que muitas vezes acabam no hospital ou no psicólogo.
O bullying no trabalho tem maior incidência sobre o sexo feminino, talvez porque o salário em média é mais baixo em relação ao sexo oposto, ou porque sofrem mais agressões psicológicas ou também porque muitas vezes são as mulheres que têm a responsabilidade de gerir uma casa e os filhos, e onde também é exercida alguma pressão extra profissional.
As empresas têm a sua cota parte de responsabilidade nos casos de bullying no emprego, pois é dentro das mesmas que acontece a maior parte das agressões. Uma empresa vigilante e atenta aos seus colaboradores não pode deixar que um caso deste passe impune aos agressores, mesmo sendo eles chefias ou cargos superiores.
Em Portugal o tecido empresarial é maioritariamente constituído por pequenas e médias empresas, muitas delas de origem familiar, sendo comum ver muitas vezes os próprios patrões a agirem de forma tempestuosa com os seus colaboradores, e em alguns casos forçando-os a demitirem-se. É uma situação que deveria ser inspecionado por instâncias de saúde, e onde deveriam ser aplicadas coimas em situações com maior gravidade.
É fácil dizer a alguém que é alvo de bullying para responder à altura ou com a mesma agressividade com que é atacado, no entanto sabemos que para quem passa por estas situações muitas vezes não é possível responder como desejado. Muitos dos alvos acabam por ser pessoas mais retraídas que dificilmente respondem à letra, facilitando a vida dos agressores que também escolhem muitas vezes a dedo.
Uma das soluções passa por encontrar um porto de abrigo junto de alguém fora da empresa e nunca próximo do agressor. Poderá ser um amigo, advogado, médico ou psicólogo, você terá que escolher o que é melhor para si dentro das suas possibilidades. Se vir necessidade contrate um advogado, caso decida avançar com algum processo judicial contra o agressor.
Uma alternativa mais radical passará sempre pelo auto-despedimento, o que muitas vezes é o cenário mais desejado pelo agressor mas que pode libertar o agredido de mais problemas e perseguições É a decisão mais recorrente e aquela que pode ‘cortar o mal pela raiz’, mas muitas vezes é feita de cabeça quente quando se está a ser alvo de atos violentos.