Dicas para incentivar os seus trabalhadores

Sem incentivos para os trabalhadores a economia nacional perde competitividade e permanece na cauda europeia a este nível.

A cultura do trabalho em Portugal mudou substancialmente nos últimos anos, mas estes últimos anos de crise económica vieram colocar em causa benefícios que estavam adquiridos pelos trabalhadores.

O mercado de trabalho veio exigindo aos sucessivos governos mudanças nomeadamente no ordenado mínimo e no que toca aos despedimentos. Alguma dessa contestação surtiu efeitos residuais, mas até agora a palavra de ordem foi cortar, e nem o último aumento do salário mínimo consegue esconder os direitos entretanto perdidos.

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Para Portugal poder avançar e superar a grave crise em que se encontra é preciso o empenho do governos mas também das empresas. Os patrões devem ter uma cota parte de responsabilidade na forma como protegem os seus colaboradores e como podem obter o maior rendimento destes.

Portugal só pode superar as dificuldades com o aumento da produtividade, mas sem trabalhadores satisfeitos essa tarefa torna-se muito mais difícil.

A cultura do patronato português ainda têm um longo caminho a percorrer para se equiparar com a de outros países, onde os empregados são verdadeiramente reconhecidos pelo seu mérito, e onde a felicidade é patente nos resultados das empresas.

Não são só os patrões que necessitam de incentivos do estado, do mercado ou de outras empresas, também os trabalhadores necessitam de se sentir úteis e valorizados no seu local de trabalho. No fim quem ganha são todos e não apenas a empresa ou o trabalhador.

Indicamos alguns incentivos que os trabalhadores atuais necessitam na sua vida profissional, e que deveriam ser mais valorizados pelas empresas.

Reconhecimento

Por vezes não é necessário distribuir aumentos para fazer sentir bem um trabalhador. Em épocas de crise também eles reconhecem que é necessário fazer um esforço extra. Reconhecer que um trabalhador é bom naquilo que faz fica sempre bem e é algo que o dinheiro não compra.

Manter os colaboradores informados sobre o seu posto

Uma pessoa que trabalhe num circuito de produção por exemplo, gosta de saber informações sobre o seu posto de trabalho porque é nele que trabalha todos os dias. Tomar decisões e informar outras pessoas sobre o posto de trabalho de alguém que não essa pessoa, além de extremamente desmotivante para o trabalhador em questão é também uma falta de respeito pelo seu trabalho.

Flexibilidade

Dar alguma flexibilidade e tolerância em certos momentos do dia de trabalho é importante para criar um ambiente mais relaxado e aliviar um pouco a pressão natural do trabalho. No entanto é preciso não confundir flexibilidade com preguiça, e nesse caso o patronato deve ter uma palavra a dizer.

Simpatia para com o trabalhador

Ser patrão não significa ser desrespeitoso ou desumano para com os seus empregados. Uma resposta educada e simpática para com um colaborador só ficará bem e valorizará o respeito que ele tem do seu patrão.

Segurança do emprego

Nos dias que correm ter um emprego seguro é uma mais-valia na vida de uma família. Mostrar aos colaboradores que com o seu empenho a empresa pode garantir o seu posto de trabalho é um impulso que aumentará o seu desempenho.

Salário ajustado

Sabemos que a maioria das empresas nacionais não aumentam os seus colaboradores nem tão pouco têm intenção de o fazer no próximo ano. É compreensível que isso aconteça devido às várias condicionantes a que estão sujeitas, no entanto é necessário criar outro tipo de estratégias que possam compensar essa medida. Incentivar os colaboradores a produzir mais deve ser algo constante e no qual a empresa deve investir a médio/longo prazo.

Tornar o trabalho interessante

Muitas vezes os colaboradores têm que realizar tarefas menos interessantes do que aquelas para as quais foram contratados. É necessário distribuir essas tarefas de forma a não sobrecarregar um só trabalhador, e ao mesmo tempo arranjar forma de criar uma competição saudável para essas tarefas.