Por Ofertas de Emprego em Aconselhamento 21-05-2015
A decisão de aceitar um emprego seja ele qual for não deve ser tomada de ânimo leve, existem muitas situações que nos escapam à primeira vista e é preciso avaliar a proposta com calma e ponderação.
Muitos candidatos cometem o erro de olhar apenas e só para o salário, quando na realidade existe dinheiro escondido em pequenas coisas como comissões, deslocações, etc.
Mas há outros aspetos que não envolvem dinheiro que devem ser considerados como importantes, nomeadamente as funções que serão exercidas, as responsabilidades que serão assumidas, as perspetivas de progressão na carreira e até o ambiente de trabalho (esta não é fácil de vislumbrar sem conhecer a empresa pessoalmente).
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Se tiver acesso à Internet faça uma ligeira pesquisa sobre a empresa antes de candidatar-se. No caso de já ter submetido a sua candidatura, faça uma pesquisa extensa sobre a empresa não só nos motores de pesquisa online, mas também nas redes sociais, sobretudo no LinkedIn.
Nenhum emprego é perfeito e se você estiver à espera que surja sempre algo melhor, nunca vai conseguir ter um emprego. Existem hoje e existirão sempre empregos melhores que outros do seu ponto de vista, mas a concorrência também é muita, e enquanto você está indeciso as oportunidades vão passando.
Não coloque as suas expetativas muito altas para não se iludir ou desiludir. Escreva numa folha os pontos principais que você não abdica e compare com as oportunidades que encontra. Adapte a sua lista se a oferta incluir situações extra que você não contava, e risque características que você apontou mas que não estão presentes na oferta.
Encontre um ponto de equilíbrio entre as ofertas e aquilo que você procura, e ceda onde achar que consegue conviver bem sem isso.
Pondere bem a decisão de declinar uma oferta, tenha sempre um tempo para refletir. Não elabore situações na sua cabeça que podem acontecer sem que elas tenham efetivamente ocorrido. Não tire conclusões precipitadas sobre a entrevista, e não queira adivinhar qual será o desfecho antes de ele acontecer.
Primeiro, você não deve dizer que não se o processo de recrutamento ainda não estiver fechado.
Segundo, você deve encontrar razões fortes para declinar a oferta como por exemplo: salário desajustado, não pagamento de horas extraordinárias, horários incompatíveis, etc.
Terceiro, não diga não se está com receio de falhar, de não estar à altura, de se sentir pequeno(a) para aquela empresa, ou qualquer outro sentimento de menoridade. O crescimento profissional faz-se a trabalhar e dentro das empresas, e aquilo que você está a sentir poderá estar relacionado com o facto de estar há muito tempo no desemprego.
Em muitos casos as pessoas tomam decisões tendo por base o desespero de estarem numa situação de desemprego já bastante longa. A ilusão e a pressão de terem que ganhar dinheiro para sustentar a família, pode prejudicar o raciocínio e serem ‘obrigadas’ a aceitar a primeira oportunidade que aparece.
Como em todas as decisões da nossa vida é preciso ter algum bom senso, calma e também ouvir outras opiniões de pessoas mais chegadas. Se você é uma pessoa jovem deve também pedir uma opinião a pessoas com mais idade, porque além de terem mais experiência, poderão ter cometido os mesmos erros que você no passado.
Existem vários fatores que você deve ponderar sempre antes de aceitar um emprego, leia cada um com atenção.
Pondere o que você irá ter que fazer se aceitar um determinado emprego, em que condições terá que exercer a função, que responsabilidades terá, que equipamentos terá que manusear, etc.
Compare com outras ofertas idênticas para perceber se as funções coincidem e se são ajustadas ao mercado.
Compare as funções com o seu currículo e aponte os seus pontos a favor e contra. Decida se as funções se ajustam ao seu perfil ou não.
Pondere se o que irá receber chega para pagar as suas despesas fixas do dia-a-dia, e também as deslocações e alimentação. Verifique também se no fim das contas ainda sobra algum dinheiro para você colocar de parte, ou para pelo menos viver sem andar preocupado.
Calcule 10% para poupar e 10% para despesas extra que possam surgir.
Todas as ofertas têm benefícios que muitas vezes não ligamos muito mas que são importantes nas contas finais.
Imagine que uma empresa oferece um micro-ondas para você aquecer o comer, ajudas de custo, prémios de produtividade, pagamento de horas extras, algum protocolo com o seu banco, etc. Todos estes benefícios equivalem a dinheiro que você não gasta ou que ainda recebe a mais.
Junte tudo num bolo, contabilize o salário, o que pode poupar, o que vai gastar e o que pode ainda receber com base no seu desempenho. No final decida se é bom ou mau para si.
Questione se é possível conhecer as pessoas com quem irá trabalhar, se existe bom ambiente de trabalho, se irá trabalhar em equipa, e se terá algum supervisor ou chefe de secção que irão avaliar o seu trabalho.
Tente verificar também as condições e equipamentos, nomeadamente se são ajustados às funções e se estão em bom estado de conservação.
Pondere se os horários que lhe foram propostos se adequam a si e à sua família, nomeadamente a quantidade de horas extraordinárias e a forma de compensação.
Ter filhos requer uma grande atenção e dedicação pessoal, e é normal que queira estar com eles um pouco todos os dias.
Procure negociar os horários se for o único entrave que você encontra em aceitar um determinado emprego. Normalmente as empresa são flexíveis com os horários, e como têm mais trabalhadores pode ser possível fazer algum tipo de ajuste.
Pondere se tem disponibilidade para viajar a nível local, nacional ou internacional. Verifique também se existem escolas por perto onde possa colocar os seus filhos a estudar, se a deslocação até ao emprego é demorada, os custos com combustíveis, supermercados e outros estabelecimentos que costuma frequentar por necessidade.