Por Ofertas de Emprego em Tendências 21-05-2015
Um estudo Norte Americano revela que os homens absorvem 80% das vagas do mercado desde o ano de 2009, apesar de as mulheres nos últimos anos terem recuperado ligeiramente.
Isto é algo transversal que ocorre tanto em pessoas com estudos superiores como apenas com o ensino básico.
A mulher tem vindo consecutivamente a quebrar barreiras sobretudo neste século. Passou a ser mais independente, tanto ao nível pessoal como financeiro. A mulher moderna não tem mais na sua mente o conceito familiar que ainda perdura dos séculos passados, de uma mulher subserviente do homem.
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Não há a mesma abertura para apostar em mulheres como existe com os homens quando se trata de cargos de liderança, e em termos salariais as diferenças ainda são mais substanciais – considerando apenas países desenvolvidos. No entanto as empresas com mais pessoas do sexo feminino na sua estrutura diretiva, conseguem obter melhores resultados financeiros do que empresas com menor taxa de mulheres neste tipo de cargos.
A sociedade ainda tem dificuldade em ver a mulher como uma líder, e se esta estiver grávida ou já tiver filhos a seu encargo, as possibilidades de conseguir emprego ou um cargo de liderança descem drasticamente.
Nos últimos anos temos visto mulheres a ocupar posições de destaque tanto ao nível político como em grandes empresas, mas desde que a crise financeira se instalou em países como Portugal, os homens têm ocupado mais vagas que o sexo oposto.
Uma das razões apontadas para este fator prende-se com a aprendizagem que o homem teve na indústria nos últimos anos, permitindo-lhe ter uma capacidade técnica e experiência que o favorece numa luta por uma vaga com uma mulher.
Outra das razões apontadas está relacionada com a pouca diferença de remuneração entre os dois sexos nos ordenados mais baixos. Atualmente com as dificuldades que se conhecem nas empresas, é comum ser proposto o mesmo salário para ambos os sexos, sendo que a preferência tem pendido para o sexo masculino nestas circunstâncias.
O setor do retalho que anteriormente recrutava bastantes pessoas do sexo feminino, atualmente está a recrutar mais do sexo masculino, aumentando cada vez mais os receios de desigualdades sociais.
Se nos ordenados mais baixos ambos os sexos equivalem-se neste momento, é nos salários mais altos que existe mais discrepância, e onde o homem bate claramente o sexo oposto. Segundo a CGTP as maiores diferenças situam-se nos setores da saúde e comércio, recebendo o homem mais 34% e 19% de salário respetivamente.
Para que a sociedade consiga reconhecer mais e melhor o papel da mulher no espetro profissional, será necessário haver uma mudança de mentalidades a nível social, que reforce a necessidade de haver mais igualdade e justiça em termos de género.