Por Ofertas de Emprego em Carreira, Direção e Patrões, Empresas, Leis 15-03-2024
Num ambiente de trabalho, tratar alguém de forma menos favorável devido ao seu sexo é uma realidade que prejudica a igualdade de oportunidades e os direitos fundamentais. Esta questão, conhecida como discriminação por sexo, afeta não apenas as condições laborais e as possibilidades de promoção, mas também a remuneração e os critérios de seleção. Apesar dos esforços legislativos e dos acordos internacionais voltados para a sua erradicação, tal prática permanece como um obstáculo à igualdade de género no mercado de trabalho.
Esta problemática manifesta-se de diversas formas, indo desde comentários preconceituosos até à implementação de práticas institucionais que favorecem um género em detrimento do outro.
Os estereótipos de género e as expectativas sociais que definem os papéis “adequados” para homens e mulheres também têm um papel significativo. Eles podem influenciar a perceção sobre as competências, resultando em decisões de contratação e progressão profissional baseadas em género, e não na capacidade individual. Algumas profissões são tradicionalmente rotuladas como “masculinas” ou “femininas”, criando barreiras para o acesso de indivíduos do sexo oposto.
Em Portugal, a Constituição protege a igualdade de género e proíbe qualquer forma de desigualdade. A legislação específica e as políticas públicas reforçam esse princípio, especialmente a Lei da Igualdade entre Homens e Mulheres no Trabalho e no Emprego, que visa assegurar a igualdade de tratamento e oportunidades. Este propósito legal abrange desde o recrutamento até as condições de trabalho, remuneração e progressão de carreira.
No entanto, superar completamente esta questão exige mais do que mudanças legais; é necessária uma transformação cultural e da adoção de medidas práticas por empregadores, instituições e a sociedade. Isso inclui a implementação de políticas de igualdade de género nas empresas, a realização de atividades de formação sobre o tema e a promoção de um equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal para todos.
Lutar contra o tratamento desigual no trabalho é crucial para construir uma sociedade mais justa, onde todos tenham as mesmas oportunidades de desenvolver as suas carreiras e contribuir para o progresso coletivo. A igualdade de género no ambiente laboral não só respeita os direitos humanos básicos, mas também beneficia a economia e a sociedade, promovendo um espaço de trabalho mais diversificado, inovador e eficiente.