Por Ofertas de Emprego em Carreira 22-05-2015
Um emprego que detestamos não significa que não seja digno ou respeitado, no entanto nem todas as pessoas servem para determinados cargos, e vice-versa.
As probabilidades de trabalhar numa área que não gosta aumentam se não tiver uma especialização ou curso superior. Ainda assim os estudos e as competências certas poderão não ser suficientes para conseguir encontrar emprego na sua área e ter que aceitar fazer outro tipo de trabalho.
Esta situação acontece nomeadamente com jovens recém-licenciados que por falta de oportunidades no país, optam por aceitar outro tipo de empregos. Apesar de muitos terem escolhido outros países para prosseguir a sua profissão, aqueles que permaneceram têm que aceitar o que lhes surge, e nem sempre é aquilo que mais anseiam.
Cursos de Formação com Desconto →
Isto para explicar que alguns licenciados são “empurrados” pela conjuntura para um emprego que não previam realizar, e que certamente não gostam de fazer.
São imensos os casos em Portugal de pessoas que estudaram em diferentes áreas, que tinham ilusões, sonhos, e que hoje têm cargos totalmente opostos ao que gostavam realmente de exercer.
Também as escolas não souberam encaminhar alguns desses alunos de acordo com a oferta que existia no mercado de trabalho, aceitando inscrições em cursos que vieram a verificar-se de pouca importância para o tecido empresarial.
Entre os empregos mais detestados pela generalidade das pessoas, estão seguramente os mais difíceis de executar e que exigem uma componente física elevada. Nem todas as pessoas estão habilitadas a exercer estas funções, e muitas seguramente ficam satisfeitas por isso.
Quem aceita este tipo de trabalho geralmente são familiares que seguem as pisadas dos mais velhos, que têm baixa escolaridade ou que não têm as competências necessárias para realizar outro tipo de funções.
A pesca em alto mar é extremamente perigosa e desafiante. As tempestades podem virar um barco facilmente e muitos imprevistos podem acontecer sem que os pescadores possam antever e proteger-se.
São inúmeros os relatos de barcos que naufragaram na costa portuguesa, mas há um local onde o mar já retirou mais vidas que em qualquer outro – nas Caxinas em Vila do Conde, terra de pescadores.
Igualmente perigoso, este trabalho requer uma disponibilidade física e psicológica muito grande. São também inúmeros os casos de acidentes com mortes, e é uma função que deixa imensas sequelas para o resto da vida, segundo relatos de pessoas que trabalharam neste setor.
Em Portugal existem apenas 2 minas ainda ativas (Neves-Corvo e Panasqueira), das 9 que existem no país.
A globalização permite que qualquer trabalhador que goste deste oficio ou tenha as competências e a experiência necessária, possa trabalhar numa qualquer outra mina num outro país. Para isso requerer um visto de trabalho no país de destino.
O perigo está sempre adjacente às funções mais difíceis e que poucos ousam realizar, e a função de Madeireiro é outra com estas características. Esta requer o manuseamento de máquinas e ferramentas pesadas e perigosas. Além disso, é necessário tomar as devidas precauções para não ferir outras pessoas que possam estar em redor da zona de trabalho.
A extração de madeira é um trabalho de risco, que exige aprendizagem e experiência. A formação é adquirida em contexto de trabalho, pois não existem escolas que ensinem este tipo de funções.
A Construção Civil é um dos sectores que mais recrutou nos últimos anos em Portugal, e que hoje vive dias difíceis devido à crise do mercado imobiliário. Sendo o setor com mais acidentes e mortes em Portugal, não é difícil encontrar uma razão para que muitas pessoas não queiram exercer esta profissão.
Com a estagnação de novas construções e a falta de dinheiro para novos investimentos, as empresas viram-se agora para pequenos trabalhos de requalificação.