Primeira vez a viver sozinho? 7 Dicas de como fazer um orçamento pessoal

Por Ofertas de Emprego em Finanças 07-10-2024


Viver sozinho pela primeira vez pode ser uma experiência emocionante e desafiadora. A liberdade de gerir a própria vida vem acompanhada da responsabilidade de cuidar das suas finanças. Criar um orçamento pessoal é essencial para garantir que consegue pagar as despesas e, quem sabe, até poupar para o futuro. Se nunca teve experiência em gerir um orçamento, não se preocupe.

Neste artigo, vamos dar-lhe algumas dicas essenciais para começar.

1. Entenda os Seus Rendimentos

O primeiro passo para criar um orçamento pessoal é ter uma noção clara do seu rendimento. Isso inclui o vencimento mensal, mas também outras fontes de rendimento, como bolsas de estudo, subsídios, ou até trabalhos pontuais que faça. É importante saber exatamente quanto dinheiro entra na sua conta todos os meses. Não subestime a importância de incluir apenas os rendimentos líquidos — ou seja, o valor que efetivamente chega até si depois de impostos e outras deduções.

2. Liste Todas as Despesas Fixas

As despesas fixas são aquelas que terá de pagar todos os meses, independentemente do que acontecer. Exemplos incluem a prestação da casa/renda, contas de água, luz, gás, internet, seguros, e assinaturas mensais. Faça uma lista detalhada dessas despesas para entender quanto do seu rendimento será automaticamente comprometido. Estas são as despesas que têm prioridade, pois garantem as suas necessidades básicas.

3. Não se Esqueça das Despesas Variáveis

Além das despesas fixas, existem as despesas variáveis. Estas incluem alimentação, transporte, entretenimento, saúde e até pequenos luxos que gosta de desfrutar. Para controlar estas despesas, pode consultar os seus extratos bancários dos últimos meses e ver quanto tem gasto em cada categoria. Lembre-se de que estas são despesas que podem ser ajustadas, se necessário, em momentos de maior contenção financeira.

4. Estabeleça Limites e Defina Prioridades

Agora que já conhece os seus rendimentos e despesas, é hora de definir limites. Estabeleça um valor máximo para cada categoria de despesa variável. Se, por exemplo, percebeu que tem gasto demasiado em refeições fora de casa, pode definir um limite mensal para esse tipo de despesa. O importante é identificar áreas onde pode reduzir para manter o seu orçamento equilibrado.

Além disso, defina prioridades financeiras. Pense nas despesas que são indispensáveis, como alimentação e transporte, e aquelas que podem ser reduzidas se necessário. Priorizar também ajuda a perceber onde pode poupar, mesmo que seja uma pequena quantia, para situações de emergência.

5. Crie um Fundo de Emergência

Viver sozinho significa ser responsável por imprevistos, como uma ida inesperada ao médico ou uma avaria em casa. Um fundo de emergência é essencial para lidar com estas situações sem comprometer o seu orçamento. Não precisa de começar com muito — poupar uma pequena quantia todos os meses já faz uma grande diferença a longo prazo. O importante é criar o hábito de poupar e estar preparado para o inesperado.

6. Acompanhe o Orçamento Regularmente

Fazer um orçamento não é um processo que se faz uma vez e depois se esquece. Para garantir que está a seguir o plano, é necessário ir gerindo as suas despesas ao longo do mês. Existem várias aplicações e ferramentas que pode usar para registar as suas despesas e rendimentos, tornando o processo mais simples e organizado. Esta prática ajuda a evitar surpresas desagradáveis e permite fazer ajustes, caso perceba que está a gastar mais do que o previsto numa determinada categoria.

7. Evite Dívidas Desnecessárias

Cartões de crédito, empréstimos e as compras por prestações podem ser úteis, mas também podem ser armadilhas se não forem bem geridos. Viver sozinho implica ter uma boa noção dos seus limites financeiros e evitar recorrer a crédito para cobrir despesas correntes. Sempre que possível, pague as suas compras a pronto e evite acumular dívidas que possam ser difíceis de pagar no futuro. Os juros podem aumentar consideravelmente o valor de qualquer dívida ou alguma circunstância financeira pode alterar e as prestações vão ser um peso no orçamento.

Lista de despesas associadas a uma casa

  • Renda: Recomenda-se que não ultrapasse 30% do seu rendimento.
  • Despesas essenciais na casa: Luz, água, internet, gás – que vão variar consoante o uso mensal.
  • Alimentação: Também pode sofrer flutuações consoante os meses, no entanto nada como bom planeamento de refeições para conseguir tirar o maior partido dos alimentos e gastar o menor valor possível.
  • Moveis: Caso não haja mobiliário, terá que investir algum dinheiro em itens essenciais.

Uma recomendação comum para gerir o orçamento pessoal é seguir a regra do 50/30/20, que sugere que divida o seu rendimento em três categoria, 50% para necessidades essenciais, 30% para despesas variáveis e lazer, 20% para poupanças e pagamento de dívidas.

Conclusão

Criar um orçamento pessoal pode parecer complicado à primeira vista, mas é uma ferramenta essencial para garantir a sua estabilidade financeira. Se perceber o que se receber versus o que se gasta, listar as despesas, estabelecer limites, e acompanhar regularmente o seu orçamento, conseguirá viver de forma mais tranquila e preparada para o futuro. Lembre-se, o importante é dar o primeiro passo e ajustar à medida que vai ganhando experiência.